domingo, 2 de junho de 2024

O CONTO

 Conto de poesia, escrito por Gizela Davidowicz Jorge, autora, todos os seus direitos reservados. 


“Morangos e pistaches…

Dessa vez, espero que eu te ache…

Desde castelos sombrios, noites escuras, ela anda pelas ruas…todos acham que sua vida é uma pluma….mas era cruel, nua e crua… presa como em uma torre de Babel, na dança da vingança por uma sociedade que a engana.

Mas quisera a donzela , uma bela, de conversa sincera...conquistar o teu espaço, o teu destino, o teu sucesso…

A sua tia mentia, seus pais eram fracassados, não tinham paz,e, em meio à alguns homens desesperados, com pedidos de noivados arruinados, eles, maus amados, então … ela fugiria sozinha…do altar, do dinheiro, do homem do bairro… perdida num além, sem ninguém, só Deus pra te ajudar. A estranha rejeitada. E os amargos, eram desencorajados, prendendo a linda jovem em um ciclo social ao qual ela nunca pertencia, desesperançosa… rotulada.

Ah seus amores…eles eram falsos, amáveis plásticos, emborrachados e rachados, aos corações de ventos, soprantes, eles voavam e  sumiam, conflitando com os loucos que a impediam. E os leões que a queriam, mas ela nunca sentia… cadê a conexão ou paixão, como ela queria ?

“….Ela cansa…ela te ama, mas você, príncipe lindão, não dá uma esperança…você só a engana, mesmo assim, ela o ama, infinitamente perdidamente apaixonada por ti. Ele laçou o teu olhar, são caramelos, teus olhos, são espertos, dourados.” 

Por cantos e choros humilhados, a bela foi andando no fio do teu destino dourado, onde deixaram só uma linha quase invisível… tudo é obscuro e novo, agora, um veludo maduro, ela será a realeza do seu próprio altar. Ela não  deseja mais andar em ouro, mas ser o ouro do mundo, e todos vêm até ela, a te desejar, insanamente, e ela está pronta para reinar, não apenas nesse único amor perdido, mas dançar e cantar em meio ao seu povo, este não mais iludido, ela vem chegando… cantando todos seus amores e decepções de várias traições e lições, numa imensidão… poucos e muitos à julgaram, mas agora é dela, a nova era, todos aceitarão, indignados. Pobres almas artificiais, irreais, agora é ela quem vai se firmar no palco da sua vida, das artes … com todos seus sonhos e encantos… esse conto, não era “uma vez”, mas sim, essa “é a vez”. 

Quando você jogou, ela apaixonou

Quando você brincou, ela gostou

Quando você riu, ela não mentiu

Quando você desejou, ela te amou…

Quando você deu a amizade, ela deu sua maior cumplicidade….

Quando você sumiu, ela chorou…

E quando você mentiu, ela sorriu, mas depois desabou, perdida de si…escondida de ti….”

Ah, a Donzela, embora tivera muitos outros homens aos teus pés, mas ela nunca os quisera…porque eles nunca foram os herois do céu dela ".

Fim.



Conto em poesia, de autoria e criação de Gizela Davidowicz Jorge, poetisa, compositora, escritora, cantora e artista, Giggi Dovic.

Necessita autorização de uso do conto, seja por frases, estrofes, versos ou em seu conto inteiro. Direitos autorais.

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